Portugal enfermo por vicios, e abusos de ambos os sexos

Portugal enfermo por vicios, e abusos de ambos os sexos

teza! Eu bem sei o ditado, de quem canta, Seus males mais, ou menos sempre espanta; Mas co' a Musica, a fome não se cura; E he só (bemdito Deos) de que ha fartura! Portugal, Portugal, eu te lastimo! E de sentir comtigo não me eximo! Eu vejo velhos Pais cheios de vicios, Pondo os filhos nos mesmos precipicios. Co' os exemplos, que dão em casa, e fóra, Sem pejo, sem cautela, e sem melhora. Quando hum Pai deve ser (ou moço, ou velho), Da familia de casa hum vivo espelho; Mas se elle he o primeiro em se infamar, Como póde a seus filhos doutrinar! Filho houve já, que entrando no Oratorio Aos Padres fez primeiro hum peditorio: Que chamassem seu Pai, porque queria; Beijar-lhe a mão por fim, pois que morria, E que só acabava descançado Se fosse por seu Pai abençoado. Chegou o Pai gemendo, sem conforto, Em lagrimas banhado, e quasi morto. Ent

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